Em parceria com o CMDCA, governo municipal, federal, estadual e a comunidade, a entidade faz a diferença na vida de crianças, jovens e adultos.
Fundada em 1997 a APAE começou seus trabalhos em um espaço na praça Senjiro Hatanaka, conhecida como praça da fonte. Com o apoio da prefeitura, a entidade se mudou para o prédio localizado no recinto de exposições, onde atualmente é o centro de apoio aos pacientes com COVID.
“Lembro que na época fizemos uma campanha de arrecadação de móveis usados, onde vendemos esses móveis, e conseguimos o dinheiro para comprar as primeiras mobílias da entidade.” Conta Edilson Borghi, presidente.
Em 2001 ingressou em um projeto junto a Diretoria de Ensino de Tupã criando a Escola de Educação Especial e Ensino Fundamental, voltado para crianças com necessidades especiais. O projeto cresceu e se expandiu oferecendo além de educação especial e inclusiva, mas também especialidades de Fonoaudiologia, Psicologia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional.
Por meio da doação de membros da comunidade, empresários, governo japonês e da prefeitura que doou o terreno, foi possível começar a construção da sede própria, com espaços adaptados, amplos, e modernos em uma área total de 2926.00 m² e 1948,71 m² de área construída, possibilitando um ambiente aconchegante e acolhedor para os alunos.
Atualmente a entidade também prepara e encaminha o jovem para o mercado de trabalho, sendo que muitos alunos, hoje trabalham e conseguem ter sua própria renda. A APAE possui dentro das suas instalações até um espaço, que em parceria com a Bratac seda, possibilita emprego, renda e aprendizado.
“O nosso maior desafio é manter a equipe, sendo que tem um custo elevado. Temos que ter profissionais especializados, sendo eles que fazem a diferença na vida do nosso assistido. Por isso, toda ajuda é importante. Além da folha de pagamento temos também alimentação, combustível, e outras despesas variáveis. Atualmente o nosso custo operacional gira em torno de R$55 mil mensais, onde para suprir é necessário o suporte da prefeitura e alguns convênios com o governo estadual e federal, sendo que ao todo, conseguimos cobrir 85% das nossas despesas mensalmente. Os 15% restante, temos que custear com investimento próprio, por isso a importância da comunidade que apoia sempre os nossos eventos. É por meio desses eventos e ações promocionais que conseguimos suprir toda a nossa demanda. Temos também muitas pessoas boas que doam além de dinheiro ou bens materiais, mas seu tempo, seu amor e nos ajudam a continuar”. Destaca Edilson.
Durante um período a entidade buscou recursos por meio do telemarketing, o que se tornou inviável, devido aos altos custos de operação. “Estamos buscando um meio para que as pessoas que nos ajudavam através do telemarketing possam continuar investindo, não sabemos ainda como, mas isso vem sendo estudado.” Afirma o Presidente.
Outra fonte importante de renda para a APAE é o recurso destinado pelo CMDCA Bastos (conselho municipal dos direitos da criança e adolescente) proveniente da doação do Imposto de renda.
“Com essa doação já conseguimos comprar um carro, instalamos placas de energia fotovoltaica o que reduziu muito as nossas despesas com energia elétrica. Conseguimos instalar ar condicionado nas salas. Conseguimos um orbitador que é um aparelho que ajuda na questão sensorial do assistido. No ano passado conseguimos fazer a adequação dos bombeiros. Para nós essa parceria com o CMDCA é muito importante, sendo que sem essa doação, não seria possível fazer toda essa melhoria.” Aponta Edilson.
Em 2021 a APAE recebeu provenientes da doação de imposto de renda R$ 194.822,68 (Cento e noventa e quatro mil, oitocentos e vinte e dois reais e sessenta e oito centavos). O valor foi investido em um projeto técnico de prevenção de combate ao incêndio, visando garantir a segurança de todos os alunos. Em um período de 10 anos a entidade já recebeu R$ 391.308,19 (trezentos e noventa e um mil, trezentos e oito reais e dezenove centavos), da doação do imposto de renda.